De Que Peso Estamos Falando?
Muitos obesos são tratados como pessoas que não têm força de vontade para emagrecer e persistencia para se manterem magras. Mas o que muitos não sabem é que outros fatores dificultam esse processo.
Para obesos emocionais, o peso do corpo é o peso da alma. O transtorno alimentar é, na maioria das vezes, expressão do conflito inconsciente.
Um dos erros cometido pelas pessoas é achar que perdendo peso farão a vida mudar. É necessário que a pessoa mude para que a vida melhore e consiga, então, tranquilidade para se manter no peso. O obeso que perdeu peso não é um magro, mas sim aquele que emagreceu e se manter é um desafio consatnte.
O alimento pode ser um prazer, mas é preciso conhecer aqueles que farão bem. A escolha deve ser baseada na nutrição, no bem estar e na saúde. Colocar na comida a única fonte de prazer e alento é o mesmo que colocar do lado de fora a capacidade de se acalmar, ao invés de desenvolvê-la internamente.
Termino com uma crônica de Martha Medeiros para ajudar a enterder o processo peso corporal /peso emocional.
“ Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancolica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema, conversando pouco com as pessoas e senti uma abstinencia de viajar que me deixou ate meio tonta. Minha geladeira , afortunadamente estava cheia, e ando ate um pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Voce já sentiu assim tambem, precisando se alimentar? Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manha e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivencia do corpo. Mas como anda a dieta da alma?” (Martha Medeiros).
Eleonora Fernandes, psicóloga especialzaida em psicologia clinica pela PUC- RJ
Membro fundador da ABEPPS (Associaçao Brasileira para o Estudo da Psicologia Psicanalítica do Self).